Por Bárbara Venturini Rizzeto
A brasileira Silvana Lima venceu o Movistar Peru Classic, quinta etapa do circuito mundial de surf feminino que aconteceu nos dias 7 e 8 de junho, nas ondas de San Bartolo, no Peru. Com a vitória Silvana pulou da sétima para a terceira colocação no ranking e entrou na briga pelo título mundial.
Para vencer, a cearense apresentou um surf radical e consistente, batendo as líderes do ranking em disputas diretas. Na semifinal ela venceu a tricampeã mundial e atual líder do ranking Stephanie Gilmore, já na final ela passou pela vice-líder do ranking Sally Fitzgibbons. Diante desse resultado ela se diz mais confiante e preparada para as quatro etapas restantes do tour. Essa foi sua primeira vitória na temporada 2010, depois de passar oito meses sem alcançar o lugar mais alto do pódio.
Ehlas: Para se consagrar campeã dessa etapa você passou pelas líderes do ranking em baterias mulher a mulher. Isso aumenta sua confiança para as próximas etapas?
Sim, me sinto mais confiante, mas independente de quem eu vou enfrentar, entro na água acreditando que vou ganhar, acredito na força do pensamento e eu confio muito em mim.
Ehlas: Com esse resultado você pulou da sétima para a terceira colocação no ranking e entrou na briga pelo título mundial. Como você vai ser sua preparação para as quatro provas restantes do circuito?
Sempre malhando, tendo uma alimentação balanceada, acompanhamento de um preparador físico, buscando boas ondas, surfando todos os dias, testando pranchas novas, diferentes quilhas e com muita Fé em Deus.
Ehlas: Você tem um surf progressivo e radical. O novo critério de julgamento esta valorizando esse tipo de surf. Isso te ajuda de certa forma?
Acredito que sim, quem não é radical esta correndo atrás, eu também estou de certa forma (risos). Estou buscando radicalizar cada vez mais, buscar manobras diferentes, fazer uma perfeita leitura de onda para poder aproveitá-la bastante, mas o nível do surf feminino esta cada vez mais forte, isso é muito bom, me instiga muito. Estou feliz com essas evoluções, é meu estilo!
Ehlas: Quantas vitórias você já teve ao todo no tour? Essa teve alguma coisa em especial?
Já ganhei três etapas no tour. A primeira em Bells Beach, na Austrália (abril 09) para mim a mais importante, pois foi minha primeira vitória depois de seis finais batendo na trave. Eu precisava sentir o gostinho de vitória!
A segunda foi no Commonwealth Bank Beachley Classic, em Sidney (outubro 09) e eu senti uma vibe muito irada dos brasileiros invadindo a praia para torcer por mim, pois minha maior torcida ao vivo é em Sidney, onde vivem muitos brasileiros. Eles me passam uma energia muito positiva e me fazem acreditar que posso. Cada bateria que passei uma vibração muito grande!
A terceira é a mais recente, Movistar Peru Classic (junho 10). Não tenho palavras para definir o que senti lá, as pessoas são muito carinhosas com nós brasileiros, eu me sentia em casa, eles me elogiaram do início ao fim, gostaram muito do meu surf e até fizeram uma brincadeira comigo no pódio. “Vai Silvana fala seu portunhol para todos que torceram por você ‘’(risos). Eles disseram isso porque eu fazia de tudo para falar espanhol e misturava com português (risos). Era muito engraçado, eles se amarravam, a proprietária do hotel que eu estava hospedada em frente ao campeonato se juntou a todos os funcionários para gritar durante a semi e a final “vai Silvana, esta chiica pequetita es buena’’. Isso foi muito positivo, o carinho deles era muito forte e eu sentia que não iria decepcioná-los, e deu certo. Agradeci a todos, um a um, assim como fiz com a galera do meu facebook, quanta vibração positiva nos recadinhos que eu recebia, ficava online a todo tempo me comunicando com pessoas que estavam ali para me dar força e sempre diziam “Você vai conseguir”. Todos foram muito importantes para mim. Muito obrigada a todos que acreditaram!
Ehlas: O evento aconteceu nas ondas de San Bartolo, no Peru. Você gosta das ondas de lá?
Uma vez em 2005 eu havia surfado lá por um dia apenas, nem me lembrava da onda, ai me organizei para chegar uma semana antes do campeonato começar e poder treinar bastante para me adaptar a temperatura da água, pois eu estava vindo de um mês na Indonésia num calor muito grande. Dai cheguei ao Peru e a temperatura caiu de vez. Porém uma semana de antecedência me ajudou muito. Dormia todos os dias às seis horas da tarde e acordava as quatro ou cinco da manhã, fazia um alongamento e malhava até amanhecer. No primeiro raio de luz entrava na água e surfava por longas horas, trocando as pranchas e as quilhas inúmeras vezes. Depois de alguns dias tinha nas mãos a prancha mágica e ideal para a onda de lá. Sei que as duas semanas que passei em Mentawaii ajudaram muito a evoluir meu surf de backside, e quando o campeonato começou na esquerdinha, eu estava muito feliz por estar preparada para competir e ansiosa para obter um bom resultado. Foi muito bom.
A brasileira Silvana Lima venceu o Movistar Peru Classic, quinta etapa do circuito mundial de surf feminino que aconteceu nos dias 7 e 8 de junho, nas ondas de San Bartolo, no Peru. Com a vitória Silvana pulou da sétima para a terceira colocação no ranking e entrou na briga pelo título mundial.
Para vencer, a cearense apresentou um surf radical e consistente, batendo as líderes do ranking em disputas diretas. Na semifinal ela venceu a tricampeã mundial e atual líder do ranking Stephanie Gilmore, já na final ela passou pela vice-líder do ranking Sally Fitzgibbons. Diante desse resultado ela se diz mais confiante e preparada para as quatro etapas restantes do tour. Essa foi sua primeira vitória na temporada 2010, depois de passar oito meses sem alcançar o lugar mais alto do pódio.
Ehlas: Para se consagrar campeã dessa etapa você passou pelas líderes do ranking em baterias mulher a mulher. Isso aumenta sua confiança para as próximas etapas?
Sim, me sinto mais confiante, mas independente de quem eu vou enfrentar, entro na água acreditando que vou ganhar, acredito na força do pensamento e eu confio muito em mim.
Ehlas: Com esse resultado você pulou da sétima para a terceira colocação no ranking e entrou na briga pelo título mundial. Como você vai ser sua preparação para as quatro provas restantes do circuito?
Sempre malhando, tendo uma alimentação balanceada, acompanhamento de um preparador físico, buscando boas ondas, surfando todos os dias, testando pranchas novas, diferentes quilhas e com muita Fé em Deus.
Ehlas: Você tem um surf progressivo e radical. O novo critério de julgamento esta valorizando esse tipo de surf. Isso te ajuda de certa forma?
Acredito que sim, quem não é radical esta correndo atrás, eu também estou de certa forma (risos). Estou buscando radicalizar cada vez mais, buscar manobras diferentes, fazer uma perfeita leitura de onda para poder aproveitá-la bastante, mas o nível do surf feminino esta cada vez mais forte, isso é muito bom, me instiga muito. Estou feliz com essas evoluções, é meu estilo!
Ehlas: Quantas vitórias você já teve ao todo no tour? Essa teve alguma coisa em especial?
Já ganhei três etapas no tour. A primeira em Bells Beach, na Austrália (abril 09) para mim a mais importante, pois foi minha primeira vitória depois de seis finais batendo na trave. Eu precisava sentir o gostinho de vitória!
A segunda foi no Commonwealth Bank Beachley Classic, em Sidney (outubro 09) e eu senti uma vibe muito irada dos brasileiros invadindo a praia para torcer por mim, pois minha maior torcida ao vivo é em Sidney, onde vivem muitos brasileiros. Eles me passam uma energia muito positiva e me fazem acreditar que posso. Cada bateria que passei uma vibração muito grande!
A terceira é a mais recente, Movistar Peru Classic (junho 10). Não tenho palavras para definir o que senti lá, as pessoas são muito carinhosas com nós brasileiros, eu me sentia em casa, eles me elogiaram do início ao fim, gostaram muito do meu surf e até fizeram uma brincadeira comigo no pódio. “Vai Silvana fala seu portunhol para todos que torceram por você ‘’(risos). Eles disseram isso porque eu fazia de tudo para falar espanhol e misturava com português (risos). Era muito engraçado, eles se amarravam, a proprietária do hotel que eu estava hospedada em frente ao campeonato se juntou a todos os funcionários para gritar durante a semi e a final “vai Silvana, esta chiica pequetita es buena’’. Isso foi muito positivo, o carinho deles era muito forte e eu sentia que não iria decepcioná-los, e deu certo. Agradeci a todos, um a um, assim como fiz com a galera do meu facebook, quanta vibração positiva nos recadinhos que eu recebia, ficava online a todo tempo me comunicando com pessoas que estavam ali para me dar força e sempre diziam “Você vai conseguir”. Todos foram muito importantes para mim. Muito obrigada a todos que acreditaram!
Ehlas: O evento aconteceu nas ondas de San Bartolo, no Peru. Você gosta das ondas de lá?
Uma vez em 2005 eu havia surfado lá por um dia apenas, nem me lembrava da onda, ai me organizei para chegar uma semana antes do campeonato começar e poder treinar bastante para me adaptar a temperatura da água, pois eu estava vindo de um mês na Indonésia num calor muito grande. Dai cheguei ao Peru e a temperatura caiu de vez. Porém uma semana de antecedência me ajudou muito. Dormia todos os dias às seis horas da tarde e acordava as quatro ou cinco da manhã, fazia um alongamento e malhava até amanhecer. No primeiro raio de luz entrava na água e surfava por longas horas, trocando as pranchas e as quilhas inúmeras vezes. Depois de alguns dias tinha nas mãos a prancha mágica e ideal para a onda de lá. Sei que as duas semanas que passei em Mentawaii ajudaram muito a evoluir meu surf de backside, e quando o campeonato começou na esquerdinha, eu estava muito feliz por estar preparada para competir e ansiosa para obter um bom resultado. Foi muito bom.
Ehlas: Diante das dificuldades que você enfrenta na busca do título mundial, tem algum surfista que te inspira?
Sim, no surf masculino, Mick Fanning e Adriano de Souza. Recentemente fiz uma trip para Mentawaii com o Adriano, foi muito irado poder estar ao lado de um surfista como ele, trocando idéias sobre pranchas, quilhas, ondas, manobras, treinos, enfim, o aprendizado foi muito grande e de muita importância para minha conquista nessa etapa do Peru.
Fotos: ASP/Morris
3 comentários:
Muito boa a matéria Bárbara! Realmente você tá superando!
Fico ligado aqui para ler mais matérias suas.
Muito boa...adorei a matéria!!!
Parabéns Bárbara, sucesso sempre...Parabéns meninas!!
Bjs
Caracaaa, silvanaaa! Adoreeeei a matéria, mandou muito Bárbara! Vou vir sempre aqui ler =) Beijoooo (Bianca Passos)
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